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30.4.09

Social Media Brasil: por que ir?

Prá começar, o incentivo a escrever esse post é ganhar um ingresso para o Social Media Brasil. Acho importante explicar isso a quem me lê. Mesmo que eu não seja uma blogueira típica, mesmo que eu não tenha milhares de leitores.

Posts pagos, presentes para blogueiros e concursos como esses vivem sendo assuntos polêmicos nas discussões sobre mídias sociais. Tem blogueiro que não faz, tem outro que faz e avisa sutilmente, tem o terceiro tipo que faz e avisa com estardalhaço, para tentar manter um equilíbrio entre sua credibilidade e a necessidade/vontade de receber benefícios/presentes/remuneração.

Não é bem o meu caso, porque meu blog é escancaradamente comercial, no sentido de ser uma ferramenta para mostrar meu trabalho. Assim, ganho (ou pelo menos tento ganhar) dinheiro com ele, de forma indireta. No cenário ideal, as pessoas conhecem meu trabalho, me contratam, eu faço mais trabalhos e ganho por isso.

A questão da popularidade x credibilidade dos blogueiros me interessa mais pelo aspecto de: como articular esses fatores na hora de incluir mídias sociais no planejamento de comunicação para uma marca?

A preocupação vem crescendo porque a demanda cresce igual. E cresce tanto que eu acho até que já começa a incomodar. Foi essa minha interpretação do editorial da Regina Augusto, do jornal Meio&Mensagem, publicado na edição de 27 de abril.

Eu gosto muito das coisas que ela escreve. Normalmente, é tudo bastante pertinente. Já percebi ela puxar a orelha do mercado publicitário nos seus editoriais. Mesmo que sutilmente, foi corajoso. Afinal, sua publicação vive dele. Mas dessa vez, senti um recado.

Vou reproduzir o “olho” ou seja lá como se chame aquele pedaço de texto em destaque no centro de uma matéria: “há uma certa euforia adolescente em torno das novidades trazidas pelas atuais formas de comunicação e expressão, cujos desdobramentos ficam apenas na superfície e escancaram um comportamento cada vez mais narcisista e exibicionista das pessoas”.

Ela faz referência a um livro, O culto do amador: como blogs, MySpace, YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores, de Andrew Keen, “empreendedor pioneiro do Vale do Silício”. Ainda citando a jornalista, “para Andrew Keen, quando blogueiros e autores de vídeos anônimos, sem qualquer padrão profissional ou filtro editorial, podem manipular a opinião pública, a verdade torna-se uma mercadoria a ser comprada, vendida e reinventada”.

Eu não li o livro, pode ser que o viés não seja exatamente esse. Mas, sobre o que está escrito acima: quer dizer então que está tudo ok manipular com qualidade profissional e filtro editorial? O problema não está na manipulação, e sim na “democratização” do poder de manipulação? Me parece que é isso. O mainstream se ressente. Será que esse editorial é um porta-voz dos medos da indústria da comunicação?

Em seguida, a Regina Augusto diz que não tuíta porque não acha relevante para os outros ficarem sabendo o que faz ao longo do dia. Ok, eu penso como ela. Porém, outras pessoas têm muita coisa relevante para dizer, e eu as sigo no meu Twitter. Posso não tuitar muito, mas gosto de ver os outros tuitando. O problema não é a ferramenta, e sim a maneira como a gente utiliza. E mesmo que eu não quisesse usar o Twitter, como profissional de comunicação (que ela também é) eu devo usá-lo, ou no mínimo saber como se usa.

O que tudo isso tem a ver com um evento onde se discutirão as mídias sociais? O simples fato de que, goste ou não, quem trabalha com comunicação tem que saber o que está acontecendo. E participar do Social Media Brasil é uma oportunidade.

Sobre “euforia adolescente” e “comportamento cada vez mais narcisista e exibicionista das pessoas”, é fácil: a gente tem poder de escolha, na mídia de massa e nas mídias sociais, na vida real e na virtual.

Como parte da tarefa, este é o link para o post do concurso no blog do Social Media Brasil: http://socialmediabrasil.com.br/Blog/promessa-e-divida-mais-uma-promocao-no-social-media-brasil/

E clicando aqui você fica sabendo de mais informações sobre o evento.

Nos vemos no dia 5 de junho, no Teatro Gazeta, em São Paulo. Até lá!

P.S.: acabei não indo... final de semestre na faculdade, toneladas de provas para aplicar e corrigir, ficou inviável viajar. Mas fui no EDTED - Encontro de Design e Tecnologia Digital, aqui em Curitiba, no mesmo fim de semana. Bacana!

Curso: criação e redação para marketing direto

Vou ministrar esse curso na Universidade Positivo, nos dias 9 e 16 de maio (sábados), das 9h às 13h e das 14h às 18h.

Se você passar por aqui e souber de alguém que possa se interessar, por favor, ajude a divulgar!

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Criação e redação para marketing direto


O marketing direto e o marketing de relacionamento são duas das disciplinas que mais ganham importância no mundo da comunicação integrada. É por isso que existe até um Leão no Festival de Cannes específico para elas (Lions Direct).

Neste curso, você vai aprender como desenvolver uma ação bacana e criativa de marketing direto, com foco principal na redação.

Mesmo se você não é (ou não quer ser) redator, vai aproveitar bastante o conteúdo, porque ele ensina também a compreender o que é o marketing direto bem feito, quais são as dificuldades, quais são os segredos.

Se você é estudante ou está procurando seu lugar ao sol no mercado publicitário, mais um bom motivo para participar: existem poucos profissionais em Curitiba que sabem criar para marketing direto. É um diferencial que você pode conquistar.


Quem ministra o curso

Adriana Baggio – redatora especializada em comunicação dirigida; profissional de marketing direto mais premiada no último Festival do Anuário do CCPR; já atuou em agências como OpusMúltipla, GreyZest Direct e RMG Connect; conquistou diversos prêmios no Festival do Anuário do CCPR, Colunistas Paraná, Colunistas Brasil, ABEMD; professora universitária.


Faça sua inscrição

http://www.up.edu.br
=> Extensão => Cursos de Extensão e Educação Continuada => Humanas

7.4.09

Redação sobre Páscoa

Sua professora pediu uma redação sobre a Páscoa, é isso? E antes de tentar tirar qualquer coisa original de dentro dessa sua cacholinha, você foi direto ao Google ver se encontrava a dita já pronta. Aí você acabou caindo aqui, neste blog que fala de Páscoa, fala de redação, mas não tem nada do que você precisa. 

Taí, primeira lição: não acredite em tudo que o Google diz. 

Segunda lição: alguns dos principais problemas do nosso país são fruto do analfabetismo funcional e da falta de ética. Não entendeu? Nem o Google vai conseguir te explicar...

Terceira lição: quem escreve minimamente bem tem mais chances na vida. E para escrever bem é preciso ler. Internet não vale, pelo menos não para você, que ainda está na escola. Larga esse computador e vai atrás de um livro. 

Quarta lição: os professores também conhecem internet, conhecem Google. Eles podem encontrar o trabalho que você copiou descaradamente. Se eles forem bons professores, você vai tirar um merecido zero nessa redação.

Quinta lição: aprenda a pensar com a própria cabeça. Exercite a imaginação. Tenha ideias, muitas ideias. Ao invés de ser a pessoa que copia coisas da internet, seja aquela que coloca coisas (boas) na internet. Chega de repetir bobagens.

Sexta lição: existem programas que mostram para a gente quantas pessoas entraram no nosso blog, que palavras elas procuraram, de que cidade elas vêm. "Redação sobre a Páscoa" tem sido a busca campeã dessa semana. E é por isso que eu estou dando essa bronca.

Se você resolver fazer um texto ORIGINAL sobre a Páscoa, sem copiar da internet, me mande para eu ver como ficou.

A propósito, Feliz Páscoa e boa sorte na redação!

Dá prá aguentar?


E-mail marketing do jornal Meio&Mensagem, divulgando o Wave Festival in Rio.

Foi erro? Ou é uma piada? 

O primeiro "dá" (preposição de + artigo a) não deveria ter acento. Já o segundo "da" (3ª pessoa do presente do verbo dar) deveria e não tem.

Ou, quem sabe, é uma gracinha entre o duplo sentido do verbo "dar" e "misturar negócios com prazer"?

Tomara que seja problema de revisão. Mesmo um erro crasso desses é melhor do que a possibilidade de terem aprovado uma piadinha tão irrelevante e de mau gosto.